De quem é a culpa?

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PERDEDOR? (de Haroldo Brandão)




(ao som de "Ripples" do Gênesis, com Phil Collins no vocal. Vinil " A trick of the tail")

Feito um perdedor te deixei na tua casa e segui rumo ao Mauro, a turma estava lá, era quase uma da manhã, cedo para os meus padrões, me receberam alegremente (não no sentido gay), tiramos fotos e em seguida me isolei em uma cadeira ao ar livre, na parte do asfalto, acabrunhado pensei: perdeu campeão. Pedi uma long neck daí, as fotos ("inédito: Harold tomando cerveja? vamos registrar") click do Maurício, click do Matias Lemos, pose com Salvatore, Fábio Castro e Bud, cerveja pra turma, então me isolei de novo, um punk pediu para eu pagar uma cerveja, o atendi e despachei, só queria ficar sozinho com meus secretos segredos. Pedi a segunda long neck, fui ao balcão, me distraí com a Lu e  eram duas horas quando adentrei no apê. Boa noite querida! As cervejas me relaxaram e eu estava em meu habitat, em mi casa, foi deitar e bateu a energia, corpos se encostaram, fizemos um belo sexo, o bastante para chegarmos ao orgasmo, antes de desmaiar pensei: "que ironia". Foi aí que o grilo bateu: por quê?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

JANELAS DISCRETAS Nº 16 (de Marcos Salvatore)

Nada descreve o horror de Ageu Pazoud e o meu quando passamos pelo Portal, ontem à noite, e nos deparamos com os inéditos tambores evangélicos do espaço, furibundos em roda de desejo operário. Os bigodes peruanos da Tiazinha me desidratavam de desejo insuspeito: - "Voouu reezaar poor vooêê. Quaal éé´oo seeuu noomee?". Não passava uma agulha. Ruim era o medo de nos cercarem e gritarem: - "Pega". O Ageu tentava não gaguejar na esperança de convencer um garotinho inquisidor que insistia nebulosamente que ele aceitasse Jesus mais uma vez "só pra conferir se era verdade". Antes de sairmos correndo dali, a Tia pergunta o meu nome com a voz mais rouca, queria rezar muito por mim, mas só tenho culhão de responder: - "É Zenaldo".

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

JANELAS DISCRETAS Nº 15 (de Marcos Salvatore)


O cadáver deixado para trás, pelo marido, ou amante, estava intacto. Quando chegamos ao necrotério pude notar uma certa alegria faunesca nos olhos dos médicos-legistas. Realmente ouvi o seguinte cochicho:
- Hoje tem “janta”.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ANSIEDADE NOTURNA (de Marcos Salvatore)

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Tenho muitas tolices
Fungos envenenados
Parasitas que crescem do corpo de insetos famintos e confusos
Depois de os matarem lentamente
Não sem antes serem jogados para baixo, fora do galho e do ninho
Por um dos seus
A queda é incidental, talvez oportuna
Hora de checar as dúvidas
Inconsequências apuradas, mensuradas
Preencher espaços – quem precisa disso?
Quem sabe sobre a vida?
Esta é a minha e o seu rótulo esfarelado está, pelos meus dedos
Devido à umidade da garrafa
Lente de aumento bronzeado, improvisada
Para dar função e textura exagerada de pele suada
Cenas de sexo sem rosto
Sim, eu as tenho e sustento sobrando
Troncos femininos
Costelas em relevo, em antítese
Cinzeiros e xícaras, leite derramado
E o que falta?
Nunca descubro palavras relacionadas
Se encontrasse não acharia uma pronúncia razoável para elas
Apenas me anoiteço calado e inundo
Antes de entrar mais uma vez nesta história

Quintal

          Já fostes
Minha mente
O jardim da frente
O pátio da delegacia
O entorno da casa
O descanso dos gatos.

Hoje
És o lugar
onde tu brincas
e onde dança
e tempo que,
Inelutavelmente,
           me supera.
E que - espero,
Traga para ti
algo melhor
Do que tudo que eu,
Um dia,
Experimentei.


A partir do km6. Continuamos colaborando!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O CÉU (de Haroldo Brandão)


          
O céu estrelado na cidade no meio do mundo
Calor e umidade nas almas (se existem) e nos corpos
O vírus está em gestação na troca de estação
Minha voz rouca balbucia uma perda conflito
No painel guernica que é a minha vida
Estilhaços de um eu fragmentado

Estou sem a principal arma que todos tem: a fé

Como a foto que não foi vista por ninguém
Assim o olhar triste e cansado de um cachorro nas ruas
Os maias e os hunos olhavam o céu estrelado tentando adivinhar não sei o quê

As costas de Deus estão pesadas e meu próprio peso é leve.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

POR QUE MORREU OSAMA BIN LADEN? (de Paulo Emmanuel)



Desde que soube que a princesa keith não a convidaria para o casório Real, Michelle Obama estava impaciente.
Andava de lá pra cá nervosa. Se acabou em comprar roupas de brechó. Tava que era um trapo de irritada.
Certo dia chegou pro Obama e disse: Isso não pode ficar assim.
Ãh?? respondeu Obama.
Assim como?
Assim, respondeu Michele.
Você viu que aquela plebeia amarelinha não nos convidou pro casório?
Você, o dono do império e eu a primeira dona?
Mas Michelle, eles não disseram que não iam convidar nenhum chefe de Estado??
-Uma ova! Uma ova!
É a primeira vez que um casamento real não tem nenhum chefe de Estado e logo com a gente?? Isso tá com cara de racismo.
Mas Michelle. Você já não falou sobre isso com a imprensa e disse que tinha compreendido?
_ Uma ova! Uma ova!
Vc. Vai ter que fazer alguma coisa. E já!
Mas, Michelle. Criar um problema diplomático mundial por causa de um convite?
É! Exatamente. Ou vc faz alguma coisa ou eu vou pensar que vc. se curva diante daqueles branquelos esnobes.
Tá, Michelle. Vou pensar. Boa noite.
Boa noite nada. Já pro sofá. E só volte aqui quando resolver isso.
Que porra de mulher. Pensou Obama.
De manhã ligou pro Pentágono.
-Alô. General Dureza...
_Sim, senhor Presidente. Respondeu o general batendo continência.
Estou com um probleminha em casa. Preciso de uma ajuda.
- É só pedir senhor Presidente
Não deixa o WikiLeaks ouvir isso. Mas a Michelle quer eu arrume um jeito de estragar o casamento real da princesa Keith e do príncipe viadinho, lá.
Hum... o sr. quer uma bomba?
- Não! Uma bomba não. Algo que seja importante, mas que não haja destruição em massa assim. Uma coisinha pequena que só estrague a cerimônia.
Hummm. Deixe me pensar.
Que tal matar o Osama Bin Laden?
Mas a gente não tava guardando isso pra outra ocasião??
Quando Obama pensou em Michelle, disse:
Tá. Mate o Osama no dia do casório.
Não sei. não é tão simples assim.
E qual o percentual de certeza que seja ele?
Uns 40%.
Hummm.
Faz seguinte: Mate assim mesmo, se não for ele a gente inventa uma mentira como sempre.
Ok. Sr. Presidente.
Pronto, Michelle. Problema resolvido.
Oh! Meu todo poderosinho da mamãe. Hoje vai ter nhém, nhém, nhém!
No dia do casamento Michelle Obama passou o dia inteiro com um sacão de pipoca em frente a TV de 2 km. O casamento indo às mil maravilhas e nada. 
Ligou pro Obama.
Barak???
Vc já viu a cerimônia???
Tô vendo querida.
EUUUU TAMBÉMM!!!
Vc. disse que ia acontecer algo que iria estragar a festa, mas até agora tá tudo uma MARAVILHHHAAAA.
Esperai..
Alô? Dureza. E o nosso plano?
Está correndo muito bem Sr. Mas uma tempestade atrapalhou a chegada de nossas forças e tivemos um pequeno atraso. Mas antes do amanhecer tudo estará resolvido.
Ok. Beleza.
Pela manhã Michelle vem com um sorriso maior do que o da Whoopi Goldberg gritando.
- Vc viu Obama. Depois da morte do terrorista ninguém mais fala na lua de mel da vaca de windsor.
Obrigado meu amor. Beijinho , beijinho. Beijinho e saiu toda serelepe gritando.
UH!UHHH! Atrapalhamos a trepada deles. Atrapalhamos a trepada deles!!
Obama ficou pensando.
Cara azarado esse Osama.