by Mariel Clayton |
o mundo me tateia,
encontra os lábios
me verifica os dentes
depois lava as mãos
entretanto,
conserva a distinção, o instinto primal
entre o preconceito e a luta de classes:
fornicação, fornicação, fornicação
me esparrama pelo chão -
“se não for apanha o bolo”.
se eu não luto, não bato, não grito, não morro
nunca tenho opinião, não corro
entretanto,
me oprime sem reservas:
pão que o diabo amassou
- subconsciente coletivo,ansioso.
me joga às feras do circo.
purgatório cinco estrelas, duvidoso:
vendo o meu corpo por almoço, por janta
também minhas certezas, sentimentos, incertezas
entretanto,
me agarro a qualquer esperança:
bom dia de gente
qualquer riso de alegria, qualquer um mesmo
de criança, de velho, de humano,
que cora ao sorrir
Mas só dá pra acender um cigarro
E esperar, e escrever minha fossa
- Desenhar minha fala na mesma medida
Em que viver puder ser parecido com... viver
eu queria chorar,
talvez um dia eu possa
Eu sei, tô devendo visitas aqui. Tentando compensar.
ResponderExcluirAcho que Schopenhauer gostaria desse poema. Eu gostei. Mundo de dureza e alguma beleza pelos cantos.
gosto muito do Choppenauer, já tô indo comprar umas ali.kk Lindo poema amigão. muito bom, mesmo. Vou criar o personagem: Choppenhauer
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